Começar um negócio como profissional independente por vezes parece simples. Não existem empecilhos como abertura de empresa, contratação de funcionário ou outros processos burocráticos.
Ser freelancer, muitas vezes, envolve apenas começar, e, por vezes, nenhum investimento em dinheiro. Entretanto, engana-se quem pensa que criar uma imagem profissional consistente seja tão fácil quanto dar o pontapé inicial.
Eu, por exemplo, durante cerca de 8 anos, trabalhei em grandes empresas em regime CLT.
Por isto, quando fui contratada, não precisei me preocupar muito com minha imagem porque não era ela que eu vendia. Não precisava me preocupar tanto com cursos porque a empresa não dependia unicamente de meu esforço. Eu jamais precisei pensar em alguém que pudesse desenvolver uma identidade visual porque isto já havia sido resolvido pelo departamento de marketing de todas elas.
Depois disso, quando comecei a trabalhar como fotografa e, posteriormente, como produtora de conteúdo, eu ainda não entendia que todos estes fatores eram necessários e importantíssimos – além de não ter muito dinheiro para investir em coisas que considerava desnecessárias, como meu branding.
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Entretanto, a medida que estudava percebia que a falta de uma estratégia clara e de investimento em coisas que poderiam fazer meu negócio parecer mais profissional e poderiam ter me colocado muito a frente de onde estou hoje.
Portanto, nos últimos meses venho avaliando investimentos que poderia ter feito – ou que fiz – na minha carreira como freelancer e que, sem dúvidas, me colocariam em outro patamar.
Antes de tudo, vale acrescentar que quando falo em investir não falo somente em dinheiro. Falo também de tempo – para adquirir conhecimento, analisar seus concorrentes, aprender coisas novas e entender melhor seu mercado de atuação e público.
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Sumário
Invista em conhecimento
Conhecimento é a base para todo o seu negócio. E não somente o conhecimento específico – ou seja, limitado a sua área de atuação.
Estude sobre seu trabalho. Não pare de estudar. Seja o profissional mais atualizado possível. Só assim você encontrará as melhores soluções para seus clientes.
Além disso, estudar sobre sua área fará com que você seja um profissional muito mais eficiente, que conseguirá resolver problemas muito mais rápido e de forma criativa.
Saber o que está fazendo é o básico para ser reconhecido como um ótimo profissional.
Mas, outra coisa básica para ser reconhecido como um profissional de confiança e uma autoridade no assunto, e que muitos negligenciam, é mostrar que você sabe.
Se você não sabe fazer isto de forma eficiente, apenas seus clientes saberão o quanto você é bom. Se você consegue comunicar o que sabe de forma simples, fazendo com que seu público perceba o quanto você domina o assunto com o qual trabalha, você atrai mais possíveis clientes e faz com que outras pessoas, além dos seus clientes, confiem em você.
Por isto, é imprescindível que você busque conhecimento fora da sua área de atuação. Como profissional independente, você é a única peça em sua empresa e, por isso, precisa entender de tudo um pouco.
Conheça seu negócio como um todo, estude e invista em livros, cursos e eventos.
Mesmo que sua área de atuação não seja marketing, por exemplo, estude sobre marketing digital e produção de conteúdo para que você possa atrair mais clientes. Estude sobre estratégias de branding, storytelling e redes sociais para entender como obter resultados através de uma estratégia completa.
Mas, não se esqueça: se você perceber que não é bom o suficiente para garantir que aquele ajuste saia de forma mais profissional possível, contrate alguém que o faça por você.
Pague especialistas para fazer o que você não é bom
Vamos admitir, você não é bom em tudo. É por isso que as pessoas prestam serviços e é por isso que eu pago um contador para me ajudar com meu Imposto de Renda.
Existem pessoas que são péssimas no quesito lógica e matemática – como eu – e aquelas que não entendem nada de artes visuais, design ou qualquer coisa do tipo. E está tudo bem, você não precisa ser um expert em tudo.
Há coisas que o estudo não compra, mas o dinheiro sim.
Portanto, se você não é designer, não tente se aventurar em criar uma logomarca futurista para sua marca de tecnologia. Caso contrário, você vai acabar com algo que lembra os clip-arts do Word.
Pense nas possibilidades, você pode contratar alguém, propor uma troca de serviços ou até mesmo oferecer divulgação (esta última é válida só se você for realmente influente, ok?!).
Hoje em dia a oferta de serviços é enorme e você pode encontrar excelentes profissionais para fazer o trabalho que você precisa. Contrate pessoas que sejam melhores que você naquilo, assim conseguirá um resultado profissional.
Com uma imagem consistente e profissional seu público perceberá isso e entenderá que seu sua marca e seus serviços não são apenas um passatempo ou algo que você criou durante o final de semana. Ele vai entender que aquilo é seu trabalho e o valorizará por isto.
Portanto, se você quer ter um canal no YouTube, mas já estudou demais e ainda não consegue fazer, contrate alguém para te ajudar. Se você não consegue criar uma identidade visual bonita e que transpareça os valores do seu negócio, contrate alguém. Se você quer uma foto profissional para colocar no seu perfil do LinkedIn ou blog, contrate um profissional que faça fotos do jeito que você gosta.
Faça uma análise dos portfólios, veja qual se encaixa no que você quer, e contrate alguém.
É o que estou começando a fazer agora!
Profissionalize seu negócio
Como profissionais independentes nós, muitas vezes, acabamos trabalhando de forma informal.
O que costumamos fazer é prestar serviços como pessoas físicas, sem contrato ou nada mais do que uma simples troca de e-mails – ou áudios no WhatsApp.
Entretanto, profissionalizar seu negócio, emitir Notas Fiscais, assinar contratos, entre outras coisas, além de te proteger contra imprevistos, faz com que seu negócio inspire confiança – e isto é tudo na vida de um freelancer.
Portanto, faça o que puder para transmitir confiança e profissionalismo. Mostre que seu trabalho não é uma brincadeira ou algo que você apenas faz nos finais de semana – mesmo que seja algo que você só faz nos finais de semana.
Como você pode fazer isto?
Invista em um domínio próprio – nada de criar um site estilo laisschulz.wordpress.com. Pague um advogado para criar um contrato de serviços específico para você, abra uma empresa – um MEI deve servir para começar – contrate alguém para desenvolver sua identidade visual.
Não se esqueça, você não está investindo nada além de seu tempo quando começa a prestar serviços como freelancer. Deixe de ser mão de vaca.
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Faça marketing
Você não precisa fazer marketing da forma convencional. Você, talvez, nem precisa investir nisso. Mas, decidi colocar isto como um investimento mesmo assim.
Eu e o Matheus, por exemplo, consideramos viajar um investimento. Mas, por que?
Nós somos nômades digitais – o que quer dizer que nós trabalhamos de forma remota enquanto viajamos pelo mundo.
Parte de nosso marketing, da forma como nos promovemos e promovemos nosso trabalho, é baseado neste estilo de vida. Então, como faríamos promoção de nossas marcas, que são baseadas no estilo de vida que levamos, se não viajássemos?
A mesma coisa pode servir pra você. No início você precisa investir, seja tempo ou dinheiro, mas você precisa investir em marketing.
Ninguém contratará um escritor que não tem um artigo publicado. Ninguém comprará a foto de uma fotógrafa que não as publica. Assim como as pessoas talvez não saibam de uma promoção que não é anunciada.
Portanto, invista em marketing. Seja um anúncio em uma rede social ou simplesmente um texto publicado em seu blog aplicando técnicas de Marketing de Conteúdo para ser encontrado pelo Google.
Faça com que seu público te encontre e encontre o valor em seu trabalho. Invista tempo e dinheiro nisto. Promova-se.
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